domingo, 22 de agosto de 2010

Viajantes do Tempo - Prólogo


PRÓLOGO - Adrastéia, seu fim é o início de tudo


O sol brilhava e seus raios passavam entre as folhas das frondosas árvores de uma enorme floresta. Os pássaros cantavam alegremente em meio de suas folhagens. Estas farfalhavam com a leve brisa da manhã. O dia já tinha começado há poucas horas. Tudo na mais perfeita calma. No vilarejo ali próximo tudo ocorria normalmente. Pessoas saindo de suas casas, pegando água do poço, comprando e trocando coisas. Assim passou-se aquela manhã até o meio dia. Nada de diferente acontecia. Viajantes chegavam e saíam. Até mesmo aquele viajante ferido não mudava aquela rotina patética. Nem a chuva, nem o conflito entre feudos que acontecia apenas há três dias de caminhada desse vilarejo. Nada, absolutamente nada era capaz de alterar aquela rotina. O rei estava morrendo e não deixava descendentes. E nem isso animava aqueles aldeões. A rainha foi sequestrada ainda com um filho na barriga. Mas isso aconteceu apenas há um ano e ninguém se lembra de tal fato. Apesar do corpo ter sido encontrado boiando num rio próximo e sem o filho. Alguns caçadores dizem que escutaram um choro de menino na floresta dias depois dela ter sido sequestrada. E que logo depois disso, rosnados de lobos e quando chegaram lá, apenas sangue e pedaços de um pequeno bebê. Para ser mais exato, apenas a perna direita.


O rei falecera há meio ano. Os criados continuam trabalhando naquele castelo, mesmo sem a quem servir. Nesses seis meses, teve um baile. As pessoas que vieram de longe para ver o rei, se surpreenderam pelo fato de o rei ter falecido e nada foi noticiado. Também não sabiam da rainha e de seu filho. Mulheres choraram e os homens ficaram em estado de choque. Naquela noite chovera forte como nunca. Muitos nobres, depois de saberem o ocorrido com a família real, quiseram voltar para suas casas. Não fazia sentido ficar naquele castelo sem rei. Em suas carroças, iam normalmente para suas casas. Aliás, iam muito abatidos, lastimando o rei tão querido. Não eram capazes de entender porque nada foi feito diante de tais fatos. Porém, os convidados iam saindo aos poucos. E por isso, quando chegavam à ponte, atravessavam-na. Mas como já foi dito anteriormente, chovera muito e o rio transbordara e a ponte foi quebrada. Assim, os nobres que ali passavam, caiam e eram levados pela forte correnteza. E quando caíam, gritavam desesperadamente implorando por suas vidas, pedindo socorro. Os cavalos relinchavam loucamente e com olhos esbugalhados. Debatiam-se, mesmo sabendo de que nada adiantaria. A água entrava rapidamente na cabine e em atos instintivos, as pessoas tentavam sair batendo nas janelas, e mesmo quando saiam, o destino era o mesmo. A morte. Poucos foram os que pousaram lá. Na manhã seguinte, o rio baixara e aquele viajante que saíra de manhã, voltou para o feudo, trazendo a notícia de que a ponte quebrara.O mensageiro foi até o aposento onde o rei ficava sentado todos os dias e contou o que aconteceu com a ponte. Os nobres ali presentes entreolharam-se encabulados. Havia mesmo um rei ali? Ele não tinha falecido? Desejaram nunca terem ido à aquele baile. Porém, de nada adiantava, estavam presos ali. Passados alguns dias, uma ponte provisória foi feita. Os nobres saíram dali o mais rápido que puderam. Aqueles dias que ficaram lá foram insuportáveis. No meio da noite, janelas e portas batiam. Escutavam sussurros e coisas começavam a tremer! Quando acendiam as velas para verem o que acontecia, tudo parava. Alguns afirmavam que viam um vulto passar na frente deles e que depois sumia. Falaram o ocorrido com os empregados e todos diziam a mesma coisa, que não ouviram nada. Quando souberam que a ponte provisória estava pronta, se arrumaram o mais rápido que podiam e entraram em suas carroças. Um deles, uma mulher mais precisamente, olhou para a janela do quarto em que estava e viu uma menina segurando um brinquedo e olhando seriamente para ela. Esta, gelou e subiu rapidamente em sua condução.

Era uma loucura, as cinco carruagens correndo desesperadamente. Quando chegaram a ponte, os três primeiros quiseram passar no estreito espaço que havia. O resultado foi o esperado. As carroças laterais capotaram, pois os cavalos, ao verem que iam bater, desviaram. Contudo, a alta velocidade impediu que fosse feita a curva. E então, com a inércia, os corpos tendem a seguir em linha reta. As estacas da ponte, eram bem resistentes e largas. Madeira não muito nobre. Assim, os cavalos que gritavam, foram esmagados pelas carruagens. Um ou dois morreram na hora. Os outros, mesmo com os ossos triturados e esmagados, continuavam relinxando, pedindo por socorro. Os integrantes só não foram arremessados para fora pois a carruagem era resistente o suficiente para evitar tal fato. Como a pancada não fora extremamente forte, as pessoas estavam com alguns ossos quebrados. Aquele cai, cai, em cima de um e de outro, os feriram.

Enquanto isso, aquela carruagem que passara pela ponte, estava desnorteada. O cocheiro só queria ir para o mais longe daquele lugar "amaldiçoado". Afinal, as noites naquele castelo foram as piores de sua vida. Indagava se tudo aquilo fora um pesadelo. Mas era real o suficiente pra pensar nisso. Como estava aflito demais para pensar em qual caminho seguir, foram correndo em direção a uma emboscada que estava planejada para outra carruagem. No fim, foram confundidos com o alvo e nenhum de seus gritos de apelos foram atendidos. Tudo aconteceu de forma rápida. Primeiramente, os quatro atiradores atiraram nos cavalos. Tiros perfeitos e sincronizados para a distância em que estavam. A carruagem em alta velocidade atropelou os cavalos que caíram no chão. As pessoas gritavam e o cocheiro foi arremessado pra longe. Antes que parasse de rolar, já tinha levado dois tiros e ao parar, só via-se o rastro de sangue. O veículo girara duas vezes até parar. Os passageiros, ao saírem, foram alvo fáceis. Primeiro, o homem abriu a porta que estava pra cima. Saiu e ajudara a esposa a sair de dentro. Ela chorava bastante e pedia pra Deus perdoar tudo o que fizera, dizia não merecer tudo aquilo. Essa mulher, era a mesma que viu a menina. E para piorar a situação, os atiradores já estavam prontos para atirar.

A mulher estava nos braços de seu marido quando alguém lhe puxa o vestido para chamar a atenção, então, volta-se para trás e vê que é a mesma garota que estava no castelo. De perto, dava para ver perfeitamente os detalhes. Um vestido azul claro e segurava na mão direita um brinquedo nobre. Seu rosto era pálido e sua face séria. Cabelos e olhos escuros.
Em seu cabelo, havia uma fitinha da mesma cor do vestido. Meias e sapatos brancos. Mas, em sua esquerda havia um chapéu vermelho. Podia-se ver claramente a expressão de surpresa e horror na mulher. Ela ficara tão pálida quanto a menina. Mas não demorou muito para que se ouvisse quatro tiros acertando o casal. Percebe-se que a garotinha não foi atingida. Talvez, seja porque não fosse alvo ou simplesmente não podia ser vista pelos atiradores. Como e há quanto tempo ela estava seguindo aquela carruagem não se sabe. O silêncio fora feito naquela estrada. Não se ouvia nada além da brisa carregando algumas folhas secas. A menininha fitou o sangue espalhar-se no chão enquanto a mulher olhava para ela com um olhar agonizante. Dois tiros no peito e o sangue saindo pela boca. O marido levou um tiro no peito e outro na cabeça. Apesar disso, ele parecia estar vivo enquanto sentia o seu sangue penetrar na estrada de terra. A garota viu isso sem expressar nenhuma reação. Foi então que o silêncio fora quebrado: "A senhorita esqueceu o seu chapéu." Foi tudo o que a garotinha dissera. Após isso, saiu andando em direção ao castelo como se nada tivesse acontecido.

Enquanto isso no vilarejo, um bando de assaltantes que se perderam, foram "pegar" algumas coisas. O último integrante era contra o plano deles. O chefe dissera que era preciso acabar com todas as testemunhas. Mesmo que sejam muitas. Por mais que o novo integrante insistisse que aquilo não era a melhor forma, tudo o que conseguiu foi ser amarrado em uma árvore pelos supostos companheiros com a boca amordaçada próximo aos muros da cidade. Os ladrões saíram em grupos de dez e começaram a algazarra. Fizeram tudo o que tinham "direito". Roubaram não só suprimentos, mas também muitas mulheres. Nesse grupo que só havia homens sedentos de desejo e sem coração, começaram a atear fogo por onde passavam. os gritos podiam serem ouvidos de longe. Pessoas correndo com o corpo em chamas e o cheiro de queimado vindo de casas e de pessoas era insuportável. O local de encontro era no castelo após queimarem e pegarem tudo. O castelo era grande o suficiente para que os aproximadamente cem integrantes se acomodassem.

Todos os empregados se esconderam nas passagens secretas e observavam tudo pelas frestas. Eles poderiam simplesmente fugir pela saída dos fundos que sai próxima ao rio. Mas não queriam abandorem o rei. Pensaram então, antes do dia amanhecer, em envenenar os "hóspedes". Enquanto preparavam o veneno para ser usado na comida, eles sentiram cheiro de fumaça e não demorou para perceberem que o castelo estava pegando fogo. Alguns tentaram apagar o fogo e outros tentaram fugir. Mas de nada adiantou. As chamas foram extremamente rápidas. Toda a estrutura de madeira já estava incandescente. O castelo parecia uma tocha de desespero junto com a cidade. O céu escurecera devido à queimada. Na saída daquela aldeia, os assaltantes se depararam com algo inusitado. As árvores da entrada que era frondosas, caíram obstruindo a entrada por onde vieram. Essas árvores em chamas não foi a única surpresa dele, mas o portão estava fechado! Era incrível, mas parecia que ninguém queria que eles saíssem. Não demorou muito para que os mesmos que começaram o incêndio fizessem parte dele. Assim, passou-se três dias de queimada contínua. A floresta estava em chamas, mas o vilarejo foi reduzido à cinzas. Não houve uma pessoa viva para que pudesse explicar o que ocorrera ali.



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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Sorriso Animal!


sábado, 7 de agosto de 2010

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